Neste mês completei mais um ano de vida e continuo uma jornada de aprendizado e descobertas. O caminho não é fácil, mas algumas coisas tornaram a longa e tortuosa estrada da minha vida um pouco mais amena. Dentre elas, os quadrinhos.
Costumo dizer que os quadrinhos salvaram a minha vida. Enquanto, muitas vezes, o mundo real se mostrou vazio, depressivo, sinistro e perturbador, encontrei nos quadrinhos um portal de entrada para um universo paralelo perfeito e encantador. Nos quadrinhos encontrei cores e justiça. Lá, o bem vencia o mal. Lá era a minha Pasárgada.
Muito mais eficiente que um Prozac. O difícil era sair deste universo e encarar a vida. Mas, por incrível que pareça, através desta forma de arte eu consegui fazer isso com certa calma e equilíbrio. Até agora, pelo menos.
Por causa dos quadrinhos, virei um leitor assíduo. Apaixonei-me pelas palavras. Mas elas não bastavam e não conseguiam traduzir tudo. O entrelaçamento de imagens e palavram produziam em mim um encantamento maior. Desenvolvi uma necessidade de me expressar e contar histórias através desta mídia. Logo cedo eu soube o que queria fazer pelo resto da vida.
Estou construindo profissionalmente meu próprio universo paralelo há 20 anos. Já caminhei por diversas paragens e singrei florestas e desertos tendo a imaginação, o papel e o nanquim como passaportes.
Os quadrinhos continuam salvando a minha vida. Talvez como forma de retribuição, dou aulas e troco experiências com novos sonhadores. Aprendo muito a cada dia com cada aluno. Fico muito emocionado com as histórias produzidas por eles. Histórias de vida. Vidas que se tornaram mais ricas, mais amenas e com mais sentido por causa dos quadrinhos.
Depois de tanto tempo e tantas experiências, ainda não sei bem quem eu sou. Os quadrinhos me deram muitas pistas e uma certeza: sem ele eu estaria perdido.
MINI BIO E CONTATOS
Daniel Brandão
Gosto de desenhar desde que me entendo por gente. Pintei quadros com minha avó quando eu era criança e criei meus primeiros heróis e quadrinhos a partir dos 9 anos.
Quando já estava na faculdade, descobri a Oficina de Quadrinhos da UFC (Universidade Federal do Ceará) e lá eu tive uma visão do meu futuro. A partir de então decidi trabalhar com ilustração e quadrinhos.
Para isso, estudei bastante. Eu me formei em Comunicação Social pela UFC e cursei a Joe Kubert School of Cartooning and Graphic Arts, em Nova Jersei (EUA).
Desde 1996 eu trabalho como quadrinista, ilustrador, arte-educador e empresário. Já ganhei três prêmios HQ Mix pela publicação Manicomics e trabalhei com diversas editoras, revistas, personagens e empresas nacionais e internacionais, tais como DC Comics, Marvel, Dark Horse, Abril e Maurício de Sousa Produções.
Sou criador dos personagens Liz, Sebastião e Cariawara. Atualmente possuo um estúdio próprio em Fortaleza, Ceará (Estúdio Daniel Brandão) onde ofereço cursos de desenho, quadrinhos e mangá.
(85) 3264-0051
Facebook: (http://www.facebook.com/estudiodanielbrandao)
Twitter: danielbrandaoHQ
Instagram: @danielsbrandao
Olá, eu sou um quadrinista. Por isso, essencialmente sou um contador de histórias.
Resolvi contar a história que me trouxe ao caminho desta profissão e quando pensei nela, descobri que o número 3 se repetia várias vezes. Como quase toda história, vou contá-la em 3 atos.
Quando pequeno, como a maioria das crianças, já gostava de desenhar. Eu tive a sorte de ter muito apoio familiar. Principalmente do meu pai, da minha mãe e da minha avó. Olha só… um trio! O desenho nunca atrapalhou meus estudos. Sempre fui um bom aluno. Isso fez muita diferença no meu futuro. Minha avó pintava quadros e, de vez em quando ela me levava para as aulas de pintura dela. Comecei assim, pintando quadros.
Eu já gostava de quadrinhos, principalmente Os Trapalhões, Turma da Mônica e Pelezinho. Aos 9 anos um amigo me levou a uma banca do bairro de Fátima e me apresentou a Superaventuras Marvel. Meu mundo chacoalhou pela primeira vez. Conheci os super-heróis, me encantei com aquele universo e com aqueles desenhos impactantes. Comecei a copiar meus primeiros mestres e a fazer meus primeiros quadrinhos.
Recebi o chamado. Não percebi na época e o recusei. Na adolescência eu parei de fazer quadrinhos. Achava que isso não era compatível com a possibilidade de conquistar uma garota para namorar. Não sei se isso fazia sentido, mas o fato é que eu consegui uma namorada e acabei, anos depois, me casando com ela.
Ainda lia quadrinhos e desenhava de vez em quando, mas estava distante de pensar nisso como profissão. Meu primeiro vestibular foi para Direito. Com um ano de faculdade, não estava fazendo nada direito. Percebi que estava tudo errado! Minha namorada serviu de mentora e me apresentou a Oficina de Quadrinhos da UFC, um projeto de extensão do curso de Comunicação Social. Meu mundo chacoalhou pela segunda vez. Aceitei o chamado, desta vez.
Lá dentro da Oficina comecei a vislumbrar a possibilidade de trabalhar com quadrinhos. Larguei o Direito e fiz vestibular para Comunicação Social, o que tinha de próximo dos quadrinhos na época. Claro que minha família não entendeu essa decisão de imediato. Mas como sempre fui bom aluno, eles pensaram: “talvez ele não esteja doido… ele deve saber o que está fazendo. Vamos apoiá-lo!”
Fiz outros cursos e conheci outros caras que tinham os mesmos sonhos que eu. Junto com JJ Marreiro e Geraldo Borges, formamos o selo OS IMPOSSÍVEIS! Porque todo mundo dizia que era impossível viver de quadrinhos no Brasil e porque adorávamos um desenho animado antigo com o mesmo nome. Olha só: outro trio!
Em 1996 começamos a trabalhar com o Capitão Rapadura, do Mino, criamos nossa revista independente chamada Manicomics e montamos o primeiro estúdio profissional de quadrinhos do estado: a Graph it Studios. Descobrimos a partir daí o que era trabalhar para pagar impostos.
Só por curiosidade, com o Manicomics, ganhamos 3 prêmios HQ Mix, o Oscar dos quadrinhos brasileiros. 3!!!
Em 2000 realizei o sonho que trabalhei 5 anos para acontecer: com MUITA ajuda da família e da minha esposa, consegui ir para os EUA estudar na Joe Kubert School e meu mundo chacoalhou pela terceira vez.
Lá comecei a minha carreira internacional, estudei e aprendi muito, meu trabalho e minha vida se transformaram. Desenhava 12 horas por dia. Minha esposa e eu trabalhamos de garçom e fizemos faxina. Tudo valeu a pena. Minha carreira passou a ser mais reconhecida e as coisas começaram a acontecer em âmbito nacional e internacional.
Voltei depois do atentado às Torres Gêmeas e montei o meu próprio estúdio: o Estúdio Daniel Brandão, onde trabalho desde 2002. Lá, até hoje, faço três coisas: quadrinhos, ilustrações e dou aulas.
Já tenho 20 anos de profissão e sinto que estou só começando. Tenho muito a aprender e muitos sonhos a realizar. Não sei se chegarei onde eu quero, mas o caminho é o que dá sentido a minha vida. Sigo desenhando, aprendendo e contanto histórias tentando não esquecer três mantras que me guiam: faça porque ama, faça seu melhor e seja simples.
MINI BIO E CONTATOS
Daniel Brandão
Gosto de desenhar desde que me entendo por gente. Pintei quadros com minha avó quando eu era criança e criei meus primeiros heróis e quadrinhos a partir dos 9 anos.
Quando já estava na faculdade, descobri a Oficina de Quadrinhos da UFC (Universidade Federal do Ceará) e lá eu tive uma visão do meu futuro. A partir de então decidi trabalhar com ilustração e quadrinhos.
Para isso, estudei bastante. Eu me formei em Comunicação Social pela UFC e cursei a Joe Kubert School of Cartooning and Graphic Arts, em Nova Jersei (EUA).
Desde 1996 eu trabalho como quadrinista, ilustrador, arte-educador e empresário. Já ganhei três prêmios HQ Mix pela publicação Manicomics e trabalhei com diversas editoras, revistas, personagens e empresas nacionais e internacionais, tais como DC Comics, Marvel, Dark Horse, Abril e Maurício de Sousa Produções.
Sou criador dos personagens Liz, Sebastião e Cariawara. Atualmente possuo um estúdio próprio em Fortaleza, Ceará (Estúdio Daniel Brandão) onde ofereço cursos de desenho, quadrinhos e mangá.
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Twitter: danielbrandaoHQ
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