Por Daniel Brandão

Neste segundo semestre de 2016 a Fundação Demócrito Rocha realizou um projeto inédito no Brasil chamado HQ Ceará através de um edital da SecultFor. O projeto HQ Ceará, sob a liderança do editor Raymundo Netto, já é um marco histórico na trajetória dos quadrinhos cearenses e mexeu bastante com o mercado local. O projeto foi abrangente e produziu cursos (presenciais e à distância), oficinas, palestras, shows, exposição e uma antologia de quadrinhos. Um documentário também faz parte do projeto e ainda está em produção.

Tive a honra de ser o coordenador de conteúdo dos cursos e o organizador da antologia. Funções novas para mim e muito desafiadoras. Convivi com cerca de 40 autores cearenses e aprendi muito com cada um deles. Eles representam a maior riqueza do projeto HQ Ceará. Nunca tinha visto no Brasil um curso gratuito de quadrinhos à distância, oferecido gratuitamente, em 12 fascículos encartados no jornal semanalmente e disponibilizado em PDF e vídeo aulas no site (http://fdr.org.br/uane/hqceara/). Curso este que foi produzido por mais de 20 autores e que, portanto, oferece uma visão plural e extremamente rica da linguagem dos quadrinhos. O curso ainda está no ar e quem quiser se juntar aos mais de 5200 alunos inscritos verá que qualquer pessoa pode se expressar através dos quadrinhos se quiser.

Muita gente produz quadrinhos (de qualidade) no Ceará e este projeto também quis mostrar isso ao grande público. Por isso, um dos produtos – para mim, a cereja do bolo – foi um livro que reuniu mais de 30 quadrinistas da cena local chamado Antologia HQ. Editado por Regina Ribeiro, este livro tentou reunir artistas com uma diversidade de estilos, escolas e experiências. Muita gente boa ficou de fora, infelizmente. Porém, os que estão no livro representam de alguma forma todas as tribos da HQ cearense. São todos diferentes, talentosos e com estilos pessoais. Se você não os conhece, precisa conhecê-los e este livro é uma ótima oportunidade para isso. Você se surpreenderá!

Em tempo: dia 19/11, a partir das 16:30, você poderá adquirir o livro Antologia HQ e encontrar boa parte dos autores que fizeram parte do projeto HQ Ceará na Feira de Quadrinhos promovida pela SecultFor que acontecerá no Mercado dos Pinhões. Esta é uma ótima oportunidade de vivenciar um pouco da cena local e trocar ideias com os autores.

MINI BIO E CONTATOS

Daniel Brandão

Gosto de desenhar desde que me entendo por gente. Pintei quadros com minha avó quando eu era criança e criei meus primeiros heróis e quadrinhos a partir dos 9 anos.

Quando já estava na faculdade, descobri a Oficina de Quadrinhos da UFC (Universidade Federal do Ceará) e lá eu tive uma visão do meu futuro. A partir de então decidi trabalhar com ilustração e quadrinhos.

Para isso, estudei bastante. Eu me formei em Comunicação Social pela UFC e cursei a Joe Kubert School of Cartooning and Graphic Arts, em Nova Jersei (EUA).

Desde 1996 eu trabalho como quadrinista, ilustrador, arte-educador e empresário. Já ganhei três prêmios HQ Mix pela publicação Manicomics e trabalhei com diversas editoras, revistas, personagens e empresas nacionais e internacionais, tais como DC Comics, Marvel, Dark Horse, Abril e Maurício de Sousa Produções.

Em 2016 ganhei o prêmio Al Rio como destaque local. Fui coordenador de conteúdo do curso de quadrinhos do projeto HQ Ceará e organizador da Antologia HQ pela Fundação Demócrito Rocha.

Sou criador dos personagens Liz, Sebastião e Cariawara. Atualmente possuo um estúdio próprio em Fortaleza, Ceará (Estúdio Daniel Brandão) onde ofereço cursos de desenho, quadrinhos e mangá.

(85) 3264-0051

www.estudiodanielbrandao.com

Facebook: (http://www.facebook.com/estudiodanielbrandao)

Twitter: danielbrandaoHQ

Instagram: @estudiodanielbrandao

Neste mês completei mais um ano de vida e continuo uma jornada de aprendizado e descobertas. O caminho não é fácil, mas algumas coisas tornaram a longa e tortuosa estrada da minha vida um pouco mais amena. Dentre elas, os quadrinhos.

Costumo dizer que os quadrinhos salvaram a minha vida. Enquanto, muitas vezes, o mundo real se mostrou vazio, depressivo, sinistro e perturbador, encontrei nos quadrinhos um portal de entrada para um universo paralelo perfeito e encantador. Nos quadrinhos encontrei cores e justiça. Lá, o bem vencia o mal. Lá era a minha Pasárgada.

Muito mais eficiente que um Prozac. O difícil era sair deste universo e encarar a vida. Mas, por incrível que pareça, através desta forma de arte eu consegui fazer isso com certa calma e equilíbrio. Até agora, pelo menos.

Por causa dos quadrinhos, virei um leitor assíduo. Apaixonei-me pelas palavras. Mas elas não bastavam e não conseguiam traduzir tudo. O entrelaçamento de imagens e palavram produziam em mim um encantamento maior. Desenvolvi uma necessidade de me expressar e contar histórias através desta mídia. Logo cedo eu soube o que queria fazer pelo resto da vida.

Estou construindo profissionalmente meu próprio universo paralelo há 20 anos. Já caminhei por diversas paragens e singrei florestas e desertos tendo a imaginação, o papel e o nanquim como passaportes.

Os quadrinhos continuam salvando a minha vida. Talvez como forma de retribuição, dou aulas e troco experiências com novos sonhadores. Aprendo muito a cada dia com cada aluno. Fico muito emocionado com as histórias produzidas por eles. Histórias de vida. Vidas que se tornaram mais ricas, mais amenas e com mais sentido por causa dos quadrinhos.

Depois de tanto tempo e tantas experiências, ainda não sei bem quem eu sou. Os quadrinhos me deram muitas pistas e uma certeza: sem ele eu estaria perdido.

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Daniel Brandão

Gosto de desenhar desde que me entendo por gente. Pintei quadros com minha avó quando eu era criança e criei meus primeiros heróis e quadrinhos a partir dos 9 anos.

Quando já estava na faculdade, descobri a Oficina de Quadrinhos da UFC (Universidade Federal do Ceará) e lá eu tive uma visão do meu futuro. A partir de então decidi trabalhar com ilustração e quadrinhos.

Para isso, estudei bastante. Eu me formei em Comunicação Social pela UFC e cursei a Joe Kubert School of Cartooning and Graphic Arts, em Nova Jersei (EUA).

Desde 1996 eu trabalho como quadrinista, ilustrador, arte-educador e empresário. Já ganhei três prêmios HQ Mix pela publicação Manicomics e trabalhei com diversas editoras, revistas, personagens e empresas nacionais e internacionais, tais como DC Comics, Marvel, Dark Horse, Abril e Maurício de Sousa Produções.

Sou criador dos personagens Liz, Sebastião e Cariawara. Atualmente possuo um estúdio próprio em Fortaleza, Ceará (Estúdio Daniel Brandão) onde ofereço cursos de desenho, quadrinhos e mangá.

(85) 3264-0051

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Twitter: danielbrandaoHQ

Instagram: @danielsbrandao

Comecei a trabalhar com quadrinhos com dois grandes amigos: JJ Marreiro e Geraldo Borges. Logo criamos um selo chamado Os Impossíveis, inspirado em um desenho animado clássico cujos protagonistas formavam um power trio. Puro punk rock e a filosofia do “faça você mesmo”.

O que tínhamos mais em comum fora dos quadrinhos era o álbum Jagged Little Pill, da Alanis Morissette, lançado no ano que começamos profissionalmente. Escutávamos aquele CD repetidamente todos os dias enquanto desenhávamos nossas narrativas gráficas. Aquela trilha faz parte da minha vida até hoje.

A música sempre esteve presente no meu trabalho. Especialmente Beatles. John, Paul, George e Ringo sempre me acompanharam. Ao som deles viajei através do universo dos quadrinhos.

Diferente do que muitos pensam, existe som nos quadrinhos. Na mente dos leitores, os personagens têm voz, e as ações possuem efeitos sonoros: explosões, pancadas, motores, batucadas, etc. tudo isso é escutado através dos olhos. Isso mesmo, olhamos e sentimos os sons nas páginas das histórias.

Além disso, a leitura de uma HQ possui ritmo. Quando componho uma página, penso em música. Para mim, cada quadrinho é um acorde. A forma, o tamanho e a quantidade de quadros determina o ritmo e o clima da melodia e, consequentemente, da narrativa. Uma história pode ser pensada como uma ópera. O clímax pode ser tão marcante quanto um bom refrão.

Durante minha longa e sinuosa estrada criei muitas páginas e ilustrações com trilhas sonoras inspiradoras. Homenageei músicos e canções com personagens e histórias. Rock, punk, metal, blues, jazz… tudo isso pode ser música para se ler ou leituras para ouvir.

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Gosto de desenhar desde que me entendo por gente. Pintei quadros com minha avó quando eu era criança e criei meus primeiros heróis e quadrinhos a partir dos 9 anos.

Quando já estava na faculdade, descobri a Oficina de Quadrinhos da UFC (Universidade Federal do Ceará) e lá eu tive uma visão do meu futuro. A partir de então decidi trabalhar com ilustração e quadrinhos.

Para isso, estudei bastante. Eu me formei em Comunicação Social pela UFC e cursei a Joe Kubert School of Cartooning and Graphic Arts, em Nova Jersei (EUA).

Desde 1996 eu trabalho como quadrinista, ilustrador, arte-educador e empresário. Já ganhei três prêmios HQ Mix pela publicação Manicomics e trabalhei com diversas editoras, revistas, personagens e empresas nacionais e internacionais, tais como DC Comics, Marvel, Dark Horse, Abril e Maurício de Sousa Produções.

Sou criador dos personagens Liz, Sebastião e Cariawara. Atualmente possuo um estúdio próprio em Fortaleza, Ceará (Estúdio Daniel Brandão) onde ofereço cursos de desenho, quadrinhos e mangá.

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