E se só existisse o hoje? Por mais apocalíptica que pareça a pergunta, na verdade, ela traz algumas pequenas coisas a se pensar.
Há um certo ponto de nossas jornadas como artistas que pensamos bastante nas oportunidades que perdemos, nas falhas que cometemos, nos passos que não demos, no tempo que não aproveitamos. Quase no mesmo instante, olhamos para o incerto futuro e nos questionamos se tudo que ainda vai vir será suficiente ou mesmo se estamos preparados – ou se somos dignos de tudo o que o desconhecido amanhã tem para nós.
Quanta coisa, não? Agora, uma sugestão: pare por um momento. Olhe a sua volta. Veja tudo o que você tem hoje. Aproveite as capacidades que você possui agora e use-as. O passado não está mais com você, ele te forjou como pode, mas é preciso deixar ele ir. Abandone-o sem culpa, sendo grata por tudo o que ele te ensinou. O futuro, por sua vez, é só uma variável, uma ideia, uma expectativa. Se nos concentrarmos muito nele, nos frustraremos perdendo horas construindo castelos de areia.
Então, abrace seu hoje. Ele é seu verdadeiro tempo. Ele é a conclusão de sua própria caminhada e o início de sua jornada. Não há melhor lugar para se estar.